Centro de Estudos de Fronteira General Padilha - História dos Fundadores

RUBEM MENEZES PADILHA

Natural de Uruguaiana-RS, nasceu em 03/04/1914, filho de José Raymundo Guimarães Padilha e Noemy Menezes Padilha. Casou com Regina de Sá Padilha e tiveram seis filhos: Rubem de Sá Padilha, Sérgio de Sá Padilha, Flavio Sá Padilha, Regina Maria Padilha Barbosa, Roberto de Sá Padilha e Ricardo de Sá Padilha.

Estudou no Colégio Militar do Rio de Janeiro (CMRJ) e posteriormente ingressou na antiga Escola Militar, em Realengo, no Rio de Janeiro. Foi declarado Aspirante-a-Oficial da Arma de Cavalaria. No início da carreira praticava esportes ligados à equitação, como salto e polo.

Ao longo de sua carreira militar serviu no Rio de Janeiro-RJ, Três Corações-MG, Santo Ângelo-RS, Curitiba-PR, Campo Grande-MS e Pirassununga-SP. No posto de Coronel, comandou o 1º Regimento de Reconhecimento Mecanizado (1º R Rec Mec). Cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO), no Rio de Janeiro. Dentre as diversas condecorações, destaca-se a medalha da Ordem do Mérito Militar. Foi transferido para a reserva, no posto de General de Divisão.

Tinha uma paixão muito grande por livros, selos e curiosidade e interesse por assuntos de várias áreas do conhecimento, como os relacionados com a carreira militar, História, Matemática, Filosofia, Ciências, Medicina, poesia e música, principalmente a clássica. Na sua infância, a paixão pela leitura fazia com que frequentasse regularmente livrarias, lendo capítulos de livros a cada dia até completar toda a leitura, diante da falta de recursos financeiros. Foi por várias vezes distinguido por ser considerado leitor mais assíduo da Biblioteca do Exército, sediada no Rio de Janeiro.

Era uma pessoa extremamente organizada e gostava de viajar. Sua vida foi pautada por hábitos simples e conduta extremamente ética.

Faleceu no Rio de Janeiro em 18/10/1978.

RUBEM DE SÁ PADILHA

Natural de Três Corações-MG, nasceu em 14/10/1937, filho de Rubem Menezes Padilha e Regina de Sá Padilha. Casou três vezes e, com a primeira esposa, teve cinco filhos: Ricardo Mauro Padilha, Jane Mauro Padilha, Sandra Mauro Padilha, André Mauro Padilha e Alexandre Mauro Padilha.

Estudou no Colégio Militar do Rio de Janeiro (CMRJ). Em 1959 ingressou na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), na cidade de Resende-RJ. Foi declarado Aspirante-a-Oficial da Arma de Cavalaria e promovido a 2º Tenente.

Ao longo de sua carreira militar serviu em Ponta Porã-MS, Amambaí-MS, Mundo Novo-MS, Rio de Janeiro (RJ), Pirassununga-SP, Manaus-AM, Fortaleza-CE, Porto Alegre-RS, Uruguaiana-RS, Brasília-DF, Santiago-RS, Rio Negro-PR e Itaquí-RS. No posto de Coronel, comandou o 9º Batalhão Logístico, sediado em Santiago-RS. Posteriormente, comandou o 1º Regimento de Cavalaria Mecanizado (1º RC MEC), em Itaquí-RS. Especializou-se em operações de selva no Curso de Guerra na Selva, em Manaus-AM. Cursou ainda a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO), sendo posteriormente instrutor desta, a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME) e a Escola Superior de Guerra (ESG), todas no Rio de Janeiro. Dentre as diversas condecorações, destaca-se a medalha da Ordem do Mérito Militar. Foi transferido para a reserva no posto de Coronel em 28/10/1995.

Era fervoroso torcedor do Fluminense, clube de futebol da cidade do Rio de Janeiro. Tinha uma paixão muito grande por livros, herdada do seu pai. Com recursos próprios, obtidos através de poupança feita ao longo de sua vida, comprou um terreno na cidade de Campo Grande-MS e, neste local, projetou, construiu e equipou uma biblioteca, que guarda todo o acervo de livros e objetos pessoais, como fotos e condecorações obtidas ao longo da sua carreira militar, bem como de seu pai. Esta biblioteca, inaugurada em 05/08/2016, recebeu a denominação de “Centro de Estudos de Fronteira General Padilha” em homenagem ao seu pai, que, da mesma forma, era Oficial do Exército Brasileiro, também da Arma de Cavalaria. Após a conclusão deste projeto, doou a biblioteca, com todo o seu acervo, para o Exército Brasileiro. A administração e a manutenção deste espaço são realizadas pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).

Faleceu em Campo Grande-MS em 08/02/2017.

Fundador do Gefrontter: Prof. Dr. Roberto Ortiz Paixão

Prof. Roberto, Fábio e Ruberval (esquerda para direita).

Roberto Paixão era docente do curso de Geografia da Unidade de Campo Grande e coordenador do Grupo de Estudo em Fronteira, Turismo, Território (Gefronter), articulador da Rede Universitária da Rota Latino Americana (UniRILA). Graduado em Licenciatura e Bacharelado em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (1994), mestrado em Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo (1999) e doutorado em Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo (2006).

Roberto começou a lecionar Geografia em 1997, numa escola Rural em Corumbá. Em 2004, entrou para a UEMS, primeiro em Dourados e depois seguindo para Jardim. Em 2010, assumiu a coordenação do curso de Licenciatura em Geografia da UEMS de Campo Grande.

 

Palavras do Cefront em homenagem ao Roberto:


Como idealizador e fundador do Gefrontter as ações do professor Roberto foram fundamentais para a cedência deste espaço do CMO para a UEMS e para a realização das atividades que resultaram na assinatura deste acordo de cooperação. O Aguçado senso crítico, o humor inabalável, o forte espírito de liderança e a grande capacidade de negociação e aglutinação, foram as características do Roberto que despertaram admiração e respeito por parte de todos que o conheciam. Foram essas características, inclusive, as determinantes para a sua candidatura a vice-reitor da UEMS, mesmo já tendo desenvolvido a doença que acabaria por abreviar a sua existência, ainda em plena capacidade laborativa e intelectual, tolhendo os seus familiares e amigos da prazerosa companhia. A sua precoce partida deixou o vazio da sua presença... Mas o tempo de convivência deixou um cabedal de ensinamentos e boas recordações, que só podem ser expressos na mais significativa das palavras exclusivas da língua portuguesa A SAUDADE.

El Condor Pasa
Raices de América

En el imperio incaico
el indio está,
sin luz, sólo está,
triste está.

Detrás de los silencios quedará
jamás, nunca más, volverá.
El inca ya se fué,
a morir rumbo al sol,
y en su alma un condor va
a llorar su dolor volando

Vuela, vuela el cóndor
la inmensidad, sombra de la altipampa.
Sueño de la raza americana
sangre de la raza indiana

El inca há sido traicionado,
llorando las quenas están.
La Pachamama al coya enseño
a morir por la libertada!